QUEM TEM MEDO DO AUDITOR?
Os trabalhos do Auditor são de extrema importância no desenvolvimento operacional, e, ajudam a dar mais confiabilidade às demonstrações contábeis exigidas por lei, valorizando o patrimônio social das organizações.
As instituições financeiras estão sujeitas a auditorias realizadas por auditores independentes, conforme determinação legal do Banco Central do Brasil, e as Sociedades por Ações são obrigadas pela Lei das S.A.s (Lei 6.404/76) em seu art. 177, parágrafo 3º.,a serem auditadas por auditores independentes registrados devidamente na CVM.
A presença do Auditor na organização é um excelente inibidor de fraudes e falhas humanas, haja vista que a presença do mesmo na organização fará com que os prováveis fraudadores tenham uma cautela maior nas suas tentativas de prejudicar o patrimônio social, e, quanto mais vezes o Auditor comparece nas empresas, mais difícil será executar operações fraudulentas, obrigando os “estelionatários” com esta mentalidade a procurar outro “nicho” no mercado.
O processo de auditoria é uma revisão detalhada dos procedimentos de rotina com o objetivo de checar, medir, acompanhar e comparar os resultados obtidos e detectar a necessidade de mudança de caráter corretivo ou preventivo, para que a organização retorne à linha de produção máxima com a utilização máxima dos recursos disponíveis, qualidade máxima e com um gasto mínimo.
A Auditoria é a responsável pela identificação da real situação em que a empresa se encontra, sem qualquer máscara, tornando as informações mais claras e acessíveis a todos os investidores e colaboradores.
Algumas organizações possuem seus próprios Auditores Internos, que acompanham e medem diuturnamente o desenvolvimento das operações estratégicas das empresas e os resultados alcançados: eficiência, eficácia, efetividade e ética.
O Auditor deve ter uma atitude que assegure que todas as suas ações de julgamento sejam pautadas nos seguintes aspectos: Comportamento Ético, Cautela e Zelo Profissional, Independência, Domínio Profissional, Imparcialidade, Objetividade, Atualização e Capacitação Técnica, Análise de Dados, Cortesia e Habilidade no Trato com as Pessoas e obediência a Hierarquias Funcionais.
O Auditor interno deve ser subordinado hierarquicamente ao cargo de nível mais elevado na organização, como o Presidente, Conselho de Administração ou Diretoria Executiva, a fim de evitar constrangimento profissional e a perda da autonomia, que são imprescindíveis para o desempenho de um trabalho de controle e assessoria adequados.
Até as décadas de 80 e 90 o Auditor era recebido nas empresas como um verdadeiro vilão que vinha para punir com rigor as pessoas que não se portassem adequadamente nas empresas, e todos se escondiam e evitavam se dirigir ao mesmo que ficava em seu canto escuro com uma nuvem escura sobre sua cabeça e todos somente viam problemas, fraudes, não conformidades e vícios rodeando o profissional da auditoria.
Atualmente essa ideia mudou, e os funcionários têm no Auditor um “amigo” que vem para auxiliar no processo de adequação de rotinas operacionais diárias com a finalidade de maximizar os lucros e minimizar os custos, mitigando as falhas dos processos e conseqüentemente da possibilidade de perdas operacionais e financeiras.
Os procedimentos de auditoria evidenciam para o auditor provas suficientes para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas, possibilitando-lhe emitir um parecer a respeito das mesmas, reavaliando os controles internos, livros contábeis, documentos e registros da entidade confrontando informações, coletando provas e evidências.
Através de testes de aderência o auditor verifica a efetividade e continuidade dos controles internos, ou seja, se os controles previstos funcionam adequadamente e de fato ou apenas compõem um acervo bibliográfico formal composto de manuais que não são aplicados na rotina diária e contínua.
Com a aplicação de testes substantivos o Auditor ratifica a suficiência, exatidão e validade de todos os dados da entidade auditada, ou seja, se os saldos contábeis apresentados demonstram a situação real do patrimônio e suas variações.
O Auditor não é visto mais como aquele que vem para dividir, mas, sim para somar os seus conhecimentos e experiência com o objetivo de melhorar o desempenho operacional e financeiro das organizações, detectar e evitar erros, falhas e fraudes, mitigar riscos de perdas e inadequações, aumentando assim a eficiência e eficácia organizacional.
E você?
Ainda tem medo do AUDITOR?
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